Thursday, February 12, 2009

Viva a Democracia

Aqui fica uma notícia do Publico sobre o País onde o nosso primeiro ministro andou a visitar e estabelecer parcerias...
O presidente da câmara de Caracas, Antonio Ledezma, está impedido de entrar no edifício da edilidade, ocupado por um grupo armado desconhecido. Despacha num gabinete austero do centro da cidade, longe do lugar onde deveria trabalhar. Está nessa situação desde Janeiro.

Entrevistado pela AFP, o autarca, eleito por uma coligação de oposição ao Presidente Hugo Chávez, critica o líder venezuelano por “não procurar governar e resolver os problemas”. Se o quisesse realmente fazer, afirma, começaria por "admitir que há dificuldades”.

Não é só Ledezma que está nessa situação: o seu adjunto para a Cultura tentou entrar nas instalações onde também devia estar e foi expulso à pancada pelo bando que lá está. A seguir foi sujeito a um “julgamento popular” em plena rua.

O presidente da câmara perdeu, além disso, o controle sobre a própria polícia municipal. O Governo retirou-lhe a tutela da força, que passou para a alçada do Ministério do Interior. E a fachada do edifício está coberta com grafittis pedindo a sua “morte”.

A perseguição a Antonio Ledezma e à sua equipa dura desde as eleições de Novembro, quando venceu o partido pró-Chávez nas regionais. Dois meses depois, um grupo armado tomava as instalações e impedia-o de entrar e trabalhar.

“Não posso voltar à câmara porque, mesmo que levasse um ramo de flores, acusar-me-iam de tentativa de agressão e como aqui não existe independência da justiça arriscava-me a ser linchado”, disse o edil, advogado de formação.

Ledezma é cáustico e afirma que a situação a que está sujeito ilustra o que chama o “défice democrático” a que está sujeito o próprio país. “O poder executivo não compreende que a diversidade reforça a democracia”, diz, afirmando-se convencido que os chavistas perderão o referendo da emenda constitucional de domingo.

Os venezuelanos vão domingo às urnas para responderem "sim" ou "não" a várias emendas constitucionais instituindo a recandidatura automática do Presidente e aliados colocados em lugares essenciais ao próprio regime. Hugo Chávez perdeu a consulta anterior devido à falta de empenhamento dos governadores e alcaides afectos.

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