Um dos meus livros favoritos de todos os tempos e que para muita malta da minha geração é algo que só por obrigação leram, foi adaptado pelo João Botelho ao cinema durante este ano.
Existem duas versões, uma de duas horas e outra de três horas.
No passado fim-de-semana fui ver o filme ás Amoreiras, mas com algum receio por causa dos cenários não serem reais e serem algo mais a ver com o Teatro. Por outro lado, o facto de desconhecer a maioria dos actores também não me deixavam muito esperançado num bom desfecho.
Curiosamente não foi pela primeira razão, nem pela segunda que não gostei do filme. Todos nós sabemos que quando lemos um livro e depois vamos ver a sua adaptação ao cinema, corremos sérios riscos de sairmos defraudados pois, apesar de o texto ser igual para todos, a maneira como o interpretamos e imaginamos é diferente de pessoa para pessoa.
Os cenários fazem-nos julgar que estamos numa peça de teatro e acabam por não causar grande diferença no desenrolar do filme, ficando apenas por ser um pormenor interessante e diferente.
A interpretação dos actores não é muito boa nem muito má mas, gostaria de destacar dois pela positiva que são Pedro Inês, no papel de João da Ega, e Hugo Mestre Amaro, como Damaso Salcede. Duas grandes interpretações e que agarraram o papel fazendo-o com uma entrega muito boa.
A contrastar temos a brasileira Maria Flor, que apesar de esforçada não consegue dar a intensidade que a personagem merece, e Graciano Dias, num demasiado futil Carlos da Maia.
O principal problema deste filme é a sua lentidão, a passagem rápida por alguns pontos do livro e demasiado lenta em outros. Está, na minha opinião, mal equilibrado
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