Friday, June 22, 2007

Compromisso Portugal 1

Como qualquer imigrante que se preze, eu sinto-me esfomeado de notícias portuguesas e só consigo matar essa fome quando vou a Portugal ou quando alguns colegas me trazem jornais portugueses. Por mim, compro o Sol e o Expresso cada vez que vou a casa e devoro-os durante a semana seguinte.
Este semana li a introdução do Livro “Os Revolucionários”, do Compromisso Portugal, sendo esta parte da resposabilidade de António Carrapatoso, o ex- sr. Telecel. Um dos problemas que ele aponta é a existência de um Estado doador de tudo e mais uma coisa e, por outro lado, uma postura geral de esperarem que o Estado dê. Dirão os mais sensíveis que os portugueses, além de terem feito já muito sacrifícios, passaram recentemente por um aumento elevado do do IVA e por conseguinte um aumento dos preços. Isso é verdade mas, se olharmos para a maior parte das pessoas, da classe média baixa e classe baixa, notamos muita pouca qualificação, pouca possibilidade de a receberem e, em vários casos, pouca vontade de a receberem.

A primeira e a segunda são da exclusivamente da responsabilidade dos empresários e das empresas, dado que para muitos a formação ainda é uma despesa, que se corta para se comprar uma máquina diferente ou um escritório mais moderno. Por outro lado, muitas pessoas consideram que o Estado tem a obrigação de lhes dar tudo e mais alguma coisa. Durante anos isso passou-se por exemplo no mercado as artes e espéctaculos, onde o Estado tinha de participar eventos de qualidade algo duvidosa e cuja compreensão não estava ao alcance da maioria dos portugueses. Nos ultimos 10 anos, essa tendência tem vindo a descer mas, ainda há quem a revendique. Para mim, o Teatro e o Cinema devem ser para as massas produzidos com patrocínios, ficando aqueles orientados para grupos restiros de pessoas a serem suportados pelo o Mecenato. As pessoas têm de apreender que a cultura de que o Estado está ali para o que der e vier não é a mais correcta e que ir para o Fundo de Desemprego não é bom

Em suma, o Estado não deve pagar por tudo e por nada. Deve gerir a sua despesa em ajudar os que mais necessita e com isso, melhorando as condições de vida dessas pessoas. Devem aumentar a fiscalização das baixas, devem aumentar a fiscalização a fuga aos impostos, devem juntar ao rendimento mínimo garantido (ou seja lá como se chama agora) medidas de inserção e qualificação que funcionem e que dêm resultados. Os milhões dados para a formação não podem continuar a acabar, como muitas vezes, num Mercedes de cor duvidosa, com uma ferradura na grelha da frente e um crucifixo no espelho.

1 comment:

Anonymous said...

intiresno muito, obrigado