Monday, June 27, 2011

Coisas da Vida

Como diria o Herman José há uns anos atrás, a vida é como os interruptores, umas vezes para cima umas vezes para baixo.
Não que as coisas que vou descrever a seguir possam ser comparadas mas, provam que umas vezes estamos em cima e outras vezes em baixo, umas vezes contentes e outras tristes, outras agradavelmente surpreendidos e outras tristemente surpreendidos.
Começamos pelo bom ou pela coisa divertida, como nós tugas pensamos primeiro no melhor e depois no pior.

Há umas noites atrás estava eu a fumar um cigarro na mina varanda, quando o meu amigo JN me ligou. Discutíamos um mail enviado pelo nosso chefe, dizendo que não fazia sentido. Ele, mais visado do que eu, tentava argumentar com a distância que percorria todos os dias, etc etc. Naquele momento, o meu olhar estava virado para o prédio em frente, sem qualquer lugar em especial nem qualquer andar fixo. Naquele momento, numa janela no prédio em frente, uma rapariga entra dentro do quarto com a janela toda a aberta, tira uns calções, uma tshirt, as cuecas e o soutien e vai para outra divisão qualquer. Ainda não estava eu refeito daquele espectáculo, volta a entrar e veste um pijama e volta a desaparecer.
Aconteceu tudo tão rápido que nem deu para me aperceber o que se estava a passar mas, comentei isto com o JN. Naquele momento, acordei para a vida com a algazarra que ele fez ao telefone. Não me perguntem ser era bonita ou feia porque estava longe de mais e fiquei tão espantado que nem deu para me aperceber.

Coisa má: hoje estava a preparar-me para entrar numa formação, quando recebi uma chamada de uma colega minha a perguntar se eu sabia que outra colega se tinha despedido, já na semana passada. Não sabia de nada e enviei uma msg a essa colega, ao que me respondeu (depois de alguma insistência) que não queria falar sobre isso mas, que era verdade que se tinha despedido.
Devo dizer que essa pessoa é, continua a ser e foi uma das pessoas em quem mais cegamente confiei ao longo dos anos, do ponto de vista profissional.
Mais tarde, a mesma primeira colega volta a ligar-me e diz-me que a segunda se despediu por desvio de dinheiro e outras falcatruas que agora não vêem ao caso.
Até agora não consegui perceber o que é mas, colocou muita coisa na minha cabeça em causa e fez-me pensar em muita coisa.

É sabido que todos nós trazemos sempre alguma bagagem, coisas que se passaram connosco e que se calhar os outros não vão entender. Também é sabido que, com as relações tão virtuais que temos hoje (internet, sms, etc) que muitas vezes não falamos com as pessoas pessoalmente tantas vezes como falávamos e não conseguimos, nestas conversas virtuais, olhar nos olhos do nosso interlocutor e ver se nos está a contar a verdade ou nos está a esconder alguma coisa. Não sei o que pensar, só sei que hoje me deito mais triste, mais desacreditado da raça humana e na existência de uma confiança. Se acredito no que me contaram, não sei...


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