Tuesday, July 14, 2015

Relato de um Jogo (ou a Crise Grega vista como uma partida de futebol)

Todos os governos são eleitos com base num programa de governo, em que estabelece as linhas directivas em como vai governar o país. A maior parte dos governos, da esquerda à direita, logo depois de eleitos, esquece o que prometeu e governa como quer e leva a cabo as politicas que quer.
Depois desta nota introdutória, vamos ao resumo do Jogo até agora:

  • Grécia 1 – União Europeia 0

O Governo Grego, eleito com menos de 40% dos votos, concluiu depois das primeiras negociações com a União Europeia, que aquilo que estavam a propor ia contra o programa de governo apresentado meses antes. Por isso, achou por bem que, do ponto de vista democrático, deveria voltar a ouvir a opinião do povo. Isto fez muita comichão a maioria dos países da União Europeia, dado que abre um precedente gravíssimo. Ou seja, a opinião das democracias europeias é e sempre tem sido, que o Povo opina de 4 em 4 anos e já vai com sorte.

  • Grécia 1 – União Europeia 1

O Golo do empate da União Europeia foi resultado de uma grande pressão sobre o Governo Grego que, não sabendo segurar a vantagem que tinha ao dar um exemplo da democracia a funcionar, deixou-se levar para fazer um referendo a pressa, com uma pergunta complicada, sem qualquer tempo para debate. Este erro, viu-se mais a frente no jogo, que marcou profundamente a resposta da Grécia.

  • Grécia 2 – União Europeia 1

A Grécia adiantou-se outra vez no marcador, com muita sorte e muita atrapalhação. Através de um referendo feito a pressa e com uma pergunta complicada, conseguiu ter a aprovação de quase 2/3 da população Grega e com isso recebeu um balão de oxigénio.
No entanto, ao festejar o Golo, a Grécia perdeu Varufakis que já tinha um cartão amarelo dado pela senhora Lagarde e, como tirou a camisola durante os festejos, teve que ser admoestado com o segundo cartão amarelo e consequente expulsão.

  • Grécia 2 – União Europeia 2

O novo Golo do Empate da União Europeia, e que lhes dá vantagem no conjunto das duas mãos, foi a aceitação por parte do Governo Grego das medidas propostas em negociação, dado que vão contra aquilo que as pessoas referendaram. Não deveria ter aceite porque não estava mandatado para o fazer. Se as pessoas elegerem o governo grego mostraram que não queriam este tipo de medidas, como referendo reafirmaram a alto e bom som que não queriam mesmo este tipo de medidas.


Neste momento, estamos muito perto do fim e só uma jogada de mestre (que duvido que seja conseguida) pode levar o jogo para prolongamento. 

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